quinta-feira, 17 de maio de 2012

Tão “sei lá”


Você aí, já ouviu alguém falar que estava “tão assim, sei lá”? É o mais interessante estado emocional de um ser. É a personificação do NADA. É quando não existe pergunta nem resposta e você tá lá, entre uma coisa e outra. Um meio termo que nem acalma nem agita. Tranquilidade agonizante. 

Temos dias bons e dias ruins e temos também dias “tão sei lá”. Não há cobrança, mas existe uma certa nostalgia. Talvez um certo otimismo camuflado no amanhã que parece tão distante.

Em dias assim, a gente usa qualquer roupa, diz tanto faz para o sabor do suco, faz coisas do nada, fala sobre coisas mornas e torce para que o mundo se decida logo: ou vai ou racha. 
(Vanessa Atem)

Piscinas, poços ou abismos?


            Sentir-se seguro fica mais distante na proporção que aumenta nosso IQC “Índice Quebrador de Cara”
            Era tão simples poder confiar. Confiar cada vez que eu ia pra piscina com papai e ele dizia “Pula, Dedessinha” (sim, ele troca os nomes das filhas...rsrs). Eu pulava na “piscina dos adultos”, a “piscina funda” e tinha plena convicção q sairia de lá sã e salva,  fosse pela minha boia ou pelo meu super-papai!
            Era uma aventura frequentar essa parte do clube destinada aos adultos...MAS a gente também vira gente grande e um dia começamos a pular em piscinas mais fundas e sem ter ninguém para nos amparar. É o cada um por si e (tomara) Deus por todos!
            Às vezes, o pulo não passa de diversão consciente, outras de opção inconsciente e certas vezes o pulo é apenas um ato de fuga, de tentar ver quem talvez esteja lá, caso você afunde de vez.
            Quanto a afundar, faz parte. Não quando se é criança, mas quando a gente passa a entender melhor que o mundo é pior do que a gente poderia imaginar. Algumas vezes, trocamos piscinas por poços. Lá não tem luz, não tem ninguém a não ser você. E não é tão legal.
            De vez em quando aparece alguém e te observa lá embaixo, mas todos estão ocupados demais cuidando de seus problemas, conflitos emocionais e contas a pagar e de boa, ninguém vai querer perder o sol brilhando em cima pra tentar convencer quem tá em baixo a sair.
Aquele cuidado e dedicação que nos confortou a infância toda, vai se perdendo juntamente com as lembranças de um mundo que um dia já foi o melhor e mais perfeito lugar para se viver.
Todos nós temos nossos pequenos refúgios quando  acreditamos que nada mais dá certo, que o mundo conspira contra a gente, quando temos o coração partido ou quando partimos o de alguém e bate aquele lance de “consciência pesada”.
Ultimamente tenho evitado pular em piscinas sem observação de alguém. Tô preferindo saltar de abismos pra ver o que encontro lá embaixo, porque de poço, pra mim, já chega!!
(Vanessa Atem)

Sobre certezas e lebres


Sinto a cada nascer e pôr de sol que não conseguirei saber como se faz para ter certezas na vida. Pra mim, isso faz parte de um processo que a pouco descobri: admitir coisas pra mim mesma.
Só que isso é complicado, porque quando se admite algo pra alguém, você só precisa agir pra alguém perceber ou falar alguma coisa. E quando é de você para você, parece q esse processo não funciona bem., porque ao mesmo tempo em que tem que  admitir também tem que perceber. E isso se faz ao mesmo tempo quando uma pessoa só é encarregada desse processo todo?
Até onde vai minha atenção e em que ponto eu baixo a guarda e deixo o orgulho de lado para aceitar que certas situações foram criadas por mim e que tenho que conviver com todas elas?
Saber que certas coisas não têm mais jeito de serem resolvidas como eu gostaria me angustia e me faz me sentir uma coisa tão pequena...tão insignificante. Um ser falho.
Lembro do livro Alice no País das Maravilhas ( li o livro, vi o desenho da Disney e o filme também). Acho fascinante quando Alice cai no buraco. Intrigante como Lewis Carrol consegue descrever como me sinto de vez em sempre. Onde posso encontrar um buraco pra cair de vez em quando  e mudar meu foco para outro farol?
Enquanto a gente tenta achar soluções para determinada coisa, outras coisas vão acontecendo no caminho e outras atitudes são necessárias. Isso vai virando essa bola de neve que as pessoas costumam chamar de “Vida”.
Enquanto nenhuma lebre aparece, vou tentando me concentrar naquilo que está me perturbando, procurando respostas que eu sei que não terei tão cedo, ou talvez nunca, o que é o mais provável. 
(Vanessa Atem)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Depois...

Enfim, depois de dois meses, cá estou, juntando dignamente o que sobrou de mim. Rodeada de livros, músicas, saídas com os amigos que também entraram para o clube dos que terminaram em 2011-2012.
Muito foi dito, mas muito não foi. O que calei, relembro em pequenos flashes quase que ensaiados, mas que jamais será ouvido por ninguém, a não ser por mim mesma.

Resgatando o meu antigo "eu", tentando reconstruir algo que ajudei a destruir. Bom trabalho, aliás. Lembro-me bem de uma reportagem que apareceu há algum tempo, mostrando um enorme prédio sendo demolido. Recordo que achei meio "brutal" aquela cena. Depois de tanto tempo, lembro do tal prédio e me vejo nele.

É necessário destruir, acabar, encerrar ciclos para construir o "novo", depois. Mas quanto tempo leva um "depois"?

Quando vou saber se o "depois" já chegou? Esperando ainda, cautelosamente, e tentando lembrar se as dinamites foram colocadas devidamente nos lugares corretos...E se não, tudo bem, há erro no que tange as tentativas de meros mortais...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Não, simples assim.

Acabei de ler uma matéria no site www.piauinoticias.com.br , que me deixou cheia de questionamentos (ooww, novidade!). A matéria dizia que um garoto de 14 anos atirou no pescoço de uma garota (de 12, pasmem!) porque ela havia recusado o pedido de namoro! (Meu Deus, que ponto chegamos!)

Lidar com "nãos", com "frustrações", com "imprevistos" não é para todo mundo!
Cada um é único, com suas qualidades e defeitos. É impossível que todo mundo possa agir da mesma forma a determinada situação.

A vida adora testar nossos limites, diariamente, seja com problemas bobos ou complexos. Imagina aí quantos "nãos" você não já levou até agora? Agora analisa quantos te fizeram crescer. Garanto que pelo menos 90%.

Quando minha mãe disse que eu NÃO iria para uma festa aos 13 anos de idade, juro que chorei demais, achei q ela estava sendo injusta e etc. Aquele drama de adolescente. Hoje em dia, é bem provável q eu faria o mesmo, por proteção ou algo assim. Fiquei "frustrada" com isso? Nunca! Apenas com raiva no momento, mas depois passou.

Olho para ao meu redor e vejo que hoje em dia os pais têm medo de dizerem não aos filhos, de impor limites. Acho que é receio de "traumatizá-los".

Outra dia, recebi um e-mail que dizia que quem cresce escutando bons e seguros "nãos", aprende a dizê-los quando for preciso e, claro, não vai sair por aí atirando em pessoas que quebraram sua expectativa.

Campanha pelo uso do NÃO! Essa sim, seria de grande ajuda para a nossa sociedade!

domingo, 8 de janeiro de 2012

O mal do século

MEDO. Esse sim é o mal do século. Não é a depressão, não. É o medo mesmo!  Medo de acreditar (a gente passa a desconfiar de tudo e de todos e viramos neuroticamente vítimas de uma grande conspiração universal), medo de seguir em frente... medo de ficar onde se está.  

Pavor da solidão, dos seus barulhos sombrios. Puro e gelado medo. Esse mesmo que te impede de ligar pra pessoa que está fazendo teu coração acelerar mais rápido e dizer que tudo o que vc queria era estar ao lado dela, que vc ama mesmo essa pessoa, que quer tudo com este quase desconhecido: casar, ter filhos, 2 cachorros, um gato e um peixe.

Mas vc não liga, porque te falta coragem.

Te falta coragem porque outras pessoas  te ensinaram o que você não queria ter aprendido nunca: decepção.

Fizeram você ter coragem para ir muito além do que você imaginava,  te prometeram o “pra sempre”, mas com o passar do tempo, a estrada foi ficando fria, escura, deserta,  e você percebeu que estava sozinha, num local desconhecido dentro de você.

Certas lições a gente nunca esquece e acabam virando cicatrizes. Não doem, mas existem marcas visíveis. E cada vez que a gente olha, é praticamente impossível não lembrar a dor que o medo pode trazer.

Queria de vez em quando desaprender certas coisas e “tirar de verdade o pé do freio”. Eu tento, mas só consegui até agora “aumentar um pouquinho a velocidade”.

 (Vanessa Atem)

sábado, 7 de janeiro de 2012

Desenterrando música & frustrações

Não vem com essa não, que todo mundo já fez isso. Hoje to desse jeito, comecei com Migalhas, de Simone (último ex, sinta-se homenageado!), fui para Harmonia do Samba (tds aquelas dos Carnavais de 2000 e 2001...kkkk), e parei agora em Limão com Mel Acústico (Clau, só parece com nossa viagem no Auto de Natal, em 2003.)

Motivo pra ficar feito uma DJ maluca eu tenho até demais. Gosto de relembrar, remoer passados (mas só para mim, tá), mas nunca fui adepta ao sofrimento. Acho frescura. Gosto de reafirmar através de algumas músicas meu estado de espírito.

 Pra quê música melhor q “Na sua estante” da Pitty pra lembrar que aquele cara, aquele mesmo, nunca te mereceu e que vc precisa estar de certa forma em uma armadura para não correr o risco de voltar para o infeliz num momento de extrema carência?

Adoro aquela dos Paralamas do Sucesso, Meu erro. Eu piro com aquilo, principalmente quando diz assim: “Vc diz não saber o que houve de errado e o meu erro foi crer q estar ao seu lado bastaria, Ah, meu Deus, era tudo o que eu queria”.

(Ex, infeliz, qnts vezes eu quis estar ao teu lado, melhor, quantas vezes eu qria q vc estivesse ao MEU LADO nas horas certas, nos momentos importantes para mim??? )

Migalhas e outras galhas é o que a gnt acaba ganhando quando se dedica, quando se importa verdadeiramente com alguém. Ah, esqueci do melhor: a gente ganha também de brinde a tão famosa indiferença. Ah, isso dói. E como dói.

Minha amiga, vc pode ter o coração mais puro desse mundo, mas garanto q pelo menos uma vez na vida já desejou e desenhou num papel em forma de quadrinhos a morte do infeliz q partiu teu coração ou pelo menos já desejou q ele broxasse com um outro alguém...kkkkkkkkkkk

Mas tudo isso passa. Vc depois recebe algo por anos e anos de "serviço prestado"...Pode crer! Essa aprendi com a Martha Medeiros(nem sabe ela o tanto q já me ajudou nessa vida).

domingo, 2 de maio de 2010

QUANDO OS CEARENSES DOMINAREM O MUNDO

"A Terra não é redonda,ela tem as extremidades achatadas,logo, a Terra é cearense".

Todo mundo sabe que os cearenses estão por toda parte. Em geral, o cearense é aquele sujeito baixinho que é guardador de carro em São Paulo, o chef de um restaurante na Madison em Nova York, o designer que bolou o logo da Eurocopa em Portugal ou mesmo um borracheiro no interior da China. Mas o que pouca gente sabe é que, na verdade, isso é uma bem arquitetada jogada que visa a plantar gente nossa em postos-chave da administração mundial. Quando estivermos prontos, será deflagrada a grande tomada de poder, e meu conselho é que você fique imediatamente amigo ou amante de um cearense, pois sabe como é: para os amigos, tudo; para os inimigos, a lei.

Tomaremos o poder a partir de uma senha pré-estabelecida, que só um cearense saberá o significado oculto. Aos berros de "Queima raparigal!!", as hostes de cabeças-chatas invadirão os parlamentos e palácios, além de todos os jornais e redes de TV do mundo livre.

Ninguém desconfiará que Francisco das Chagas, humilde faxineiro da CNN, futura afiliada da TV Diário, é, na verdade, um professor do ITA, que rapidamente conectará a rede de Atlanta para nossos propósitos. Invadiremos e tomaremos o Estado de Pernambuco, vamos dinamitar a refinaria que eles nos tomaram e vamos construir outra lá no Pecém. Também vamos extinguir os times Náutico, Santa Cruz e Sport Recife.

Elegeremos um papa cearense, Raimundo I, que canonizará o Padre Cícero e determinará que, em todas as igrejas católicas, a hóstia seja feita com macaxeira, farinha e rapadura - alternadamente ou os três ingredientes juntos. O vinho será uma cachacinha de primeira misturada com Q-Suco de uva. Essa simples bula papal fará com que a economia do Ceará dê um salto. O único problema é achar uma mitra que caiba na cabeça do papa, mas nós cearenses sabemos improvisar: Raimundo I usará uma fronha de travesseiro enquanto se encomenda outra.

A literatura de cordel ganhará status de arte maior e Clodoaldo Mastrúcio ganhará o Nobel de Literatura com seu livrinho "A moça que engravidou do cavalo e a besta da sua mãe".

Nas artes plásticas, as garrafinhas com areia colorida, os quadros de Xico da Silva e as esculturas de Zé Pinto ocuparão alas e mais alas do Louvre. Para arranjar espaço, todas aquelas velharias do Turner vão para o museu de Aracati. A Monalisa fica, pois na avaliação de Serotônio Macêdo, novo curador do museu, ela é uma "cabôca danada de aprumada".

O novo Secretário Geral da ONU será Seu Lunga, que resolverá o conflito entre Israel e Palestina doando vastas extensões do sertão cearense pros brigões. A ata de doação será concisa e formal. Em suas próprias palavras: "Magote de fio d'uma égua, bando de mulambeiros, a terra é seca do mesmo jeito e o mar é da mesma cor. Deixem de botar boneco que vocês nem vão notar a diferença, e o Ceará ainda é maior que aquela tripinha de Gaza".

A famigerada música cearense tomará o mundo. Numa revanche histórica, as aberturas das novelas globais terão trilha sonora dos seguintes artistas: novela das seis - Belchior; das sete - Raimundo Fagner; e das oito - Aviões do Forró.

No cinema, vamos aperfeiçoar o Oscar. Bolaremos uma categoria que premiará o melhor filme de cangaço, a melhor cena de amor numa jangada e o melhor mocotó.

O cruzamento mais famoso do Brasil não mais será Ipiranga com Av. São João, e sim Barão do Rio Branco com Liberato Barroso. O jornal do 10 será transmitido para todo o mundo com as seguintes notícias: O rodeio será substituído pela vaquejada; Coca-cola pela água de côco; Garota de Ipanema por Garota da Barra do Ceará; Praia de Copacabana por Praia do Futuro; Fla x Flu por Ceará e Fortaleza; Real Madrid por Ferroviário; Central Park por Parque do Cocó; As torres gêmeas, que já foram destruídas mesmo, pelo Palácio do Progresso; as melhores faculdades européias pelo Liceu do Ceará.

Demitiremos Gugu Liberato e Faustão e colocaremos em seus lugares João Inácio Jr. e Ênio Carlos; Roberto Carlos por Babau do Pandeiro; Funk por Xaxado; Disneylândia por Beach Park; Av. Paulista pela Bezerra de Menezes; o Canecão pelo Siará Hall; escolas de samba por quadrilhas juninas; Chiclete com Banana por Mastruz com Leite.

Colocaremos alguns cearenses nas presidências dos principais países, tais como: França - Cid Gomes (pela "delicadeza" de seus gestos); Cuba - Inácio Arruda; Argentina - Débora Soft (ela é burra mesmo e eu quero mais é que a Argentina se exploda). A Primeira-Ministra da Inglaterra será Luizianne Lins.

A capital do Brasil será Fortaleza. A capital do mundo ainda será Nova York, mas a gente vai rebatizá-la de Nova Quixeramobim e vamos trocar aquela estátua cafona por uma enorme estátua de Iracema.

Yeah! Não vejo como o plano possa falhar, pois cada vez mais nossos agentes se espalham pelo Brasil e pelo mundo todo. Só nos resta esperar, de preferência no fundo de uma rede, enquanto as engrenagens giram por si.

Adeus e até a vitória!

P.S.: Como sou modesto, quero para mim apenas um título de nobreza e umas terras anexas, de preferência o município de Caucaia que é vizinho da capital e tem belas praias.
E que o "Padim Ciço" esteja com todos nós!

(Texto postado por  Fernando Damasceno, na comunidade "Sou cearense e desisto é porra!", no Orkut.com)