quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sobre certezas e lebres


Sinto a cada nascer e pôr de sol que não conseguirei saber como se faz para ter certezas na vida. Pra mim, isso faz parte de um processo que a pouco descobri: admitir coisas pra mim mesma.
Só que isso é complicado, porque quando se admite algo pra alguém, você só precisa agir pra alguém perceber ou falar alguma coisa. E quando é de você para você, parece q esse processo não funciona bem., porque ao mesmo tempo em que tem que  admitir também tem que perceber. E isso se faz ao mesmo tempo quando uma pessoa só é encarregada desse processo todo?
Até onde vai minha atenção e em que ponto eu baixo a guarda e deixo o orgulho de lado para aceitar que certas situações foram criadas por mim e que tenho que conviver com todas elas?
Saber que certas coisas não têm mais jeito de serem resolvidas como eu gostaria me angustia e me faz me sentir uma coisa tão pequena...tão insignificante. Um ser falho.
Lembro do livro Alice no País das Maravilhas ( li o livro, vi o desenho da Disney e o filme também). Acho fascinante quando Alice cai no buraco. Intrigante como Lewis Carrol consegue descrever como me sinto de vez em sempre. Onde posso encontrar um buraco pra cair de vez em quando  e mudar meu foco para outro farol?
Enquanto a gente tenta achar soluções para determinada coisa, outras coisas vão acontecendo no caminho e outras atitudes são necessárias. Isso vai virando essa bola de neve que as pessoas costumam chamar de “Vida”.
Enquanto nenhuma lebre aparece, vou tentando me concentrar naquilo que está me perturbando, procurando respostas que eu sei que não terei tão cedo, ou talvez nunca, o que é o mais provável. 
(Vanessa Atem)

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