Sinto a cada nascer e
pôr de sol que não conseguirei saber como se faz para ter certezas na vida. Pra
mim, isso faz parte de um processo que a pouco descobri: admitir coisas pra mim
mesma.
Só que isso é
complicado, porque quando se admite algo pra alguém, você só precisa agir pra
alguém perceber ou falar alguma coisa. E quando é de você para você, parece q
esse processo não funciona bem., porque ao mesmo tempo em que tem que admitir também tem que perceber. E isso se
faz ao mesmo tempo quando uma pessoa só é encarregada desse processo todo?
Até onde vai minha
atenção e em que ponto eu baixo a guarda e deixo o orgulho de lado para aceitar
que certas situações foram criadas por mim e que tenho que conviver com todas
elas?
Saber que certas coisas
não têm mais jeito de serem resolvidas como eu gostaria me angustia e me faz me
sentir uma coisa tão pequena...tão insignificante. Um ser falho.
Lembro do livro Alice
no País das Maravilhas ( li o livro, vi o desenho da Disney e o filme também).
Acho fascinante quando Alice cai no buraco. Intrigante como Lewis Carrol
consegue descrever como me sinto de vez em sempre. Onde posso encontrar um
buraco pra cair de vez em quando e mudar
meu foco para outro farol?
Enquanto a gente tenta
achar soluções para determinada coisa, outras coisas vão acontecendo no caminho
e outras atitudes são necessárias. Isso vai virando essa bola de neve que as
pessoas costumam chamar de “Vida”.
Enquanto nenhuma lebre
aparece, vou tentando me concentrar naquilo que está me perturbando, procurando
respostas que eu sei que não terei tão cedo, ou talvez nunca, o que é o mais
provável.
(Vanessa Atem)
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