quinta-feira, 26 de março de 2009

Eu & Vc: professores do mundo!

Um dia desses eu estava olhando umas fotos da minha infância. Deu aquela saudadezinha de tudo aquilo. Das brincadeiras com as bonecas, das intermináveis partidas de volley, dos sonhos e principalmente da certeza de que estes iriam se realizar. Não lembro muito bem o q eu sonhava naquela época, nem se realizei algum dos meus sonhos de infância. Também não sei o que se passava na cabeça das minhas amiguinhas, mas tenho certeza que o tão esperado futuro surpreendeu a todas nós.

São 22 anos de flashback e nada permaneceu o mesmo. Eu mudei, meus pais mudaram, o mundo mudou. Ou então eu mudei, meus pais não mudaram e o mundo mudou. Ou ainda, eu mudei, meus pais mudaram e o mundo não mudou. Com qual das três orações vc ficaria?

Difícil responder, já que as pessoas esqceram de terminar de ensinar a lição aos mais novos...algo ficou incompleto, ou talvez realmente era pra ser assim..talvez o fim da lição esteja nas mãos de cada um de nós.
É como se a partir do momento em q passamos a entender como o mundo funciona nos tornássemos responsáveis por nós mesmos e o mundo virasse um caos e nos fizesse esqcer q um dia fomos crianças, que um dia tivemos sonhos e o principal de tudo, tinhamos a certeza q estes se realizariam, pois sem nós sabermos estavámos transbordados de algo que hoje, as vezes se torna inalcançavel: a fé.

"?????"

Incrível como pensar nem sempre é o mais sensato a se fazer. Tem uma música da Ana Carolina que fala que "sempre chega a hora da solidão, sempre chega a hora de arrumar o armário". Todo mundo já passou por isso (se vc não passou, desculpa, ta?) e quem ainda não passou sinto dizer q uma hora ou outra esse momento vai chegar(foi mal, aí).

O ruim mesmo é qnd esse momento chega com tudo junto, bem naquele estilo "tudo ao mesmo tempo agora". Então, levando em conta o bom senso e a inteligência emocional que nós, pobres seres humanos (ts, ts) possuímos, o mais adequado a se fazer é PENSAR nos problemas para assim porder resolve-los. Certo? Não. Errado. Isso mesmo. E-R-R-A-D-O.
Nem sempre o sensato é a melhor saída. Quantas e quantas vezes pensamos, pensamos, pensamos e não conseguimos encontrar a saída? E quantas foram as vezes em que a bagunça era tão grande que mal conseguíamos saber se o problema estava dentro ou fora da gente? Hein? Hein?

O fato é o seguinte: fomos programados para resolver problemas e não aceitamos a ideia(agora sem acento!) de que muitas vezes não obteremos êxito nessa árdua tarefa. Muitas e muitas vezes só quem pode resolver algumas questões é o famoso tempo. De que vai adiantar se descabelar por não conseguir resolver logo o seu problema, se vc já sacou que não depende de seus esforços? De nada, benhê!

Então, enquanto o tal tempo não chega o que se deve fazer? Bom, tem gente que prefere esperar sentada, vendo tv e tomando um milk shake; outras pessoas preferem esquecer o problema e buscam novos projetos...sei lá! A real é que a vida é assim mesmo. A gnt cresce e de repente descobre que muito daquilo que era verdade, de repente, passa a ser mentira. Mudam-se os tempos, muda-se o olhar diante do mundo. A bagunça permanece a mesma.

Um dia, a gente acorda e exige do mundo RESPOSTAS, mas como podemos exigir isso se muitas vezes não temos sequer as perguntas? Eis que de repente surge aquele vazio (que não é fome!) e a melhor maneira de representá-lo é com um enorme ponto de interrogação.

Sabe, esse lance de destino nunca foi a minha praia, não, mas entendi que muitas vezes a gente anda tão sem rumo que o melhor a fazer é dar um voto de confiança pra ele, embora ele já tenha sacaneado a gnt bastante né!

terça-feira, 24 de março de 2009

Por quê? Por quê? Por quê?


É incrível como as pessoas sentem curiosidade pela vida alheia, principalmente pelo sofrimento alheio. A tragédia sempre chamou mais atenção do que a comédia...é assim desde sempre!

Tanto a imprensa, quanto as pessoas, já se acostumaram a explorar isso de todas as formas. Quer uma exemplo? Te dou vários, olha só: 11 de setembro, caso Isabella, caso Eloá.
Todo mundo em menos de 1 hora já sabia tuuuudo sobre a vida da garota Eloá. A imprensa chegou até a entrar em contato com o assassino da moça por telefone...ele teve a oportunidade de se fazer de vítima e ainda se achava o pop star do momento! Como ele mesmo disse: "eu sou o cara". E foi mesmo. O Brasil estava com os olhos voltados para todo e qualquer movimento-palavra-surpiro dado por ele. Isso mesmo, o Brasil inteiro.

Se a imprensa invade tanto o espaço das pessoas em situações como essa é porque COM CERTEZA existem milhões de pessoas mais do que dispostas a acompanhar casos assim, trágicos(em muitos casos, mais de perto do que as próprias vítimas).

Existe uma comunidade no orkut.com chamada PGM (Profile de Gente Morta), especializada em achar perfis de pessoas que se foram. São rastros virtuais que ficarão pra sempre na rede(ou não).
Funciona assim:
1)alguém morre;
2) alguém sempre conhece a pessoa;
3) alguém que conhece, seja de vista, seja amigo próximo, posta o link do perfil do falecido em um tópico do comunidade;
4) se não souber a causa morte de imediato, várias pessoas c certeeeeza em menos de uma hora acabam analisando ou fuçando perfis de amigos do facido e descobrem e postam o motivo...
5) curiosos fazem até uma análise psicológica das comunidades, das frases, das fotos, do perfil pessoal com a finalidade de apenas saber mais sobre aquela pessoa.

Os casos mais acessados são os de suicídios, já que esses deixam geralmente um perfil recheado de pistas de que o fato iria sim acontecer.
(PS.: não vejo problema algum nessa comunidade, já que ela não faz apologia a morte em momento algum, mas muitas pessoas acham bizarro esse cemitério virtual).

Assim que iniciou a tragédia com Eloá, muitas pessoas (inclusive eu) buscaram por informações através do orkut...procurando pelo perfil verdadeiro dela, do irmão dela, da Nayara...
Mas por quê? Será que as informações dos telejornais/programas de fofoca/programas de auditório não estavam suficientes? Por que essa sede por informações? É necessário mesmo ir além?

Pois eh, voltamos de novo para o começo do questão. Não é que o mundo esteja mais violento hoje em dia...não é mesmo! Mas a desgraça alheia continua sendo sim motivo de curiosidade.

Podemos citar os massacres que existiram da Antiguidade. Garanto que não foram menos violentos do que os garotos que metralharam alunos e professores nos EUA e na Alemanha. Garanto até que as pessoas que abandonam bebezinhos no lixo não são mais cruéis do que os espartanos que jogavam nenéns que nasciam aparentemente fraquinhos em um grande penhasco. O que acontece de verdade é a facilidade que temos hj em conseguir informação.

A educação digital tbm precisa ser trabalhada, tanto em casa como na Escola. Vale sim, estabelecer limites aos pequenos. Lógico que todo mundo deseja que seu filho(a) esteja ligado no que acontece ao redor do mundo, mas preservá-lo de tanta informação a respeito de violencia não vai fazer mal nenhum. Afinal, o bem e o mal estão a apenas 1 click de distância.


sexta-feira, 20 de março de 2009

Levanta, sacode a poeira e ataque o chocolate (sem medo de ser feliz!)

.✿. - Sou mais amor que razão...acredito sempre nos bons sentimentos, sabe...! Eh comum escutar das minhas amigas algo como "Vaaaann, mas tu eh inocente...tu não vê maldade em nada..." ...putz...não sei se isso eh bom ou ruim...! Mas vou seguindo a vida assim, pelo menos até agora deu certo...no dia que não der, tem problema não: sou especialista em reinventar meus sonhos, traçar novas estradas e mudar minha maneira de caminhar...! Por falar em caminhar, isso não parece mto comigo não...creio q "correr" seria mais minha cara...talvez por acreditar q o tempo seja curto(não me pergunte o porquê, mas vivo sempre com essa sensação!).
Sempre vivi com a cabeça nas nuvens , mas aprendi q preciso manter pelo menos meus pés no chão . Antes disso eu voava, voava, voava e de repente 'PUFT'...cai...e doía...MTO!
Sabe pq? Pq atitude eh preciso, mas é necessário pensar nas consequências. Existem tbm aquelas coisas q não podemos mudar, mesmo tentando. A vida funciona como uma escola : se vc obteve boas notas vc passará para a série seguinte.
E assim, pude compreender melhor a vida, aceitando seus estágios, suas provas, os trabalhos em grupo, os individuais, os físicos...!
Hj compreendo pq eu nunca pude trazer meu papai de volta. Entendo q mesmo se eu pegasse uma placa "PARE" e fosse pra frente do caminhão da mudança mais cedo ou mais tarde eu estaria aki onde estou. Mesmo q eu fizesse uma greve de fome e inventasse de me alimentar apenas de luz eu não impediria que houvesse ainda a guerra, a injustiça, a impunidade, a falta de amor e compaixão para com o próximo. Ainda existiria gente com fome, guerrilhas, delinqüentes, etc...
Mas a gnt cresce e aprende mta coisa...mas em compensação a gnt tbm esquece de outras tantas...Esqcemos q apesar de tudo, sonhar eh tão gostoso! Esqcemos q não há sensação melhor do q comer uma barra de chocolate sem sentir culpa . Lembramos apenas dos "velhos e bons tempos", vivenciando uma nostalgia diária...! Não eh que o passado seja melhor do que o 'agora'. O q era melhor d verdade era a nossa maneira de enxergar o mundo. Hj 90% das pessoas são materialistas, só sentem-se satisfeitas se estiverem usando as melhores roupas e sapatos de grife e esqcem q os melhores momentos de suas vidas foram brincando na areia, bolando na grama ou na lama, se lambuzando de sorvete...depois saem por ai tentando lembrar onde deixaram a FELICIDADE.
Sabe o dia em q fui mais feliz na minha vida inteira? Foi num domingo de sol, indo ao mesmo clube de piscina que papai sempre nos levava. Vc deve ta se perguntado "O que foi diferente nesse dia?". Sabe o que foi? Jamais esqcerei do vento brincando no meu rosto no caminho.



Pra refletir:

"...Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa: mulher."
(Lya Luft)


"Apesar de todos os medos, escolho a ousadia. Apesar dos ferros, construo a dura realidade. Prefiro a loucura à realidade, e um par de asas tortas aos limites da comprovação e da segurança. Eu sou assim, pelo menos assim quero me imaginar: a que explode o ponto e arqueia a linha, e traça o contorno que ela mesma há de romper. Desculpem, mas preciso lhes dizer: Eu quero o delírio."
(Lya Luft)